Greve de taxistas prejudica turistas na Grécia


Milhares de turistas sofreram nesta terça-feira (19) as consequências do segundo dia de greve dos taxistas gregos, que protestam contra os planos de liberalização da profissão e de bloqueio de acessos a vários aeroportos, portos e áreas turísticas do país.
Dois cruzeiros tiveram que mudar seu destino nesta terça-feira e cancelaram um desembarque no porto do Pireo, que deixou cerca de 3.200 turistas sem poder visitar os monumentos da Acrópole de Atenas.

BLOQUEIO

Na segunda-feira, 4.500 passageiros de cruzeiros não puderam descer, já que os taxistas impediram o acesso aos ônibus que iam transferi-los para hotéis, aeroporto e excursões pela capital. Alguns estrangeiros tiveram que carregar suas malas sob um calor de 45° C.
Essa imagem se repetiu nesta terça nos portos da ilha de Creta, Katakolon e Patras, que serve de conexão entre Grécia e Itália, onde os grevistas impediram o desembarque dos passageiros durante quatro horas.
Além disso, milhares de taxistas se aproximaram ontem do aeroporto de Salônica, no norte da Grécia, e protestaram na presença de milhares de turistas que circulavam ou que chegavam à Grécia.
Ao meio-dia, mais de 2.500 taxistas se reuniram em frente ao Parlamento heleno em Atenas para pedir ao governo socialista que não aplique a lei já aprovada, que visa pôr fim ao monopólio da profissão e a abrir a concessão de novas licenças a preços baixos.
"Este governo não dará nenhuma nova licença, porque se fizer nós vamos derrubá-lo", declarou o presidente do Sindicato de Taxistas, Thimios Liberópulos

MANIFESTO

As associações de hoteleiros, de agências de viagens e de empresas do turismo se uniram para escrever uma carta que foi enviada ao ministro de Transporte, Yanis Raguzis, para pedir que atue a fim de evitar que uma das principais fontes de renda de um país cuja economia está já à beira do abismo seja destruída.
Os profissionais do setor do turismo estimam que cada turista que chega em cruzeiro gasta em média de 65 euros por dia e 600 euros (R$ 1.330) durante sua estadia no país.
Os taxistas, que iniciaram uma greve de 48 horas na segunda-feira, decidiram prolongá-la de forma indefinida e anunciaram novas jornadas de protestos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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