Não basta arrumar as malas e entrar no avião. Esta não é uma viagem fácil. Exige muitos preparativos, alguns bem minuciosos. E um motorista disposto a dirigir por horas e horas seguidas em estradas desertas. Ainda no capítulo das dificuldades, é preciso ressaltar que o roteiro só pode ser feito de carro, pois não há ônibus ou outro meio de transporte que trafegue pelo percurso completo.
A oferta de hotéis é restrita às cidades maiores, distantes umas das outras. A essa altura, você pode estar se perguntando: com tantas dificuldades, por que algum brasileiro se aventuraria a chegar aos limites do extremo norte da América do Norte? Para sentir o gosto de desbravar uma região incólume à ação do homem.
Depois, para encontrar atrações que você jamais verá semelhantes no Brasil: a neve, os ursos, lagos congelados, caribus (espécie de alce), a aurora boreal, renas, o Círculo Polar Ártico, a águia, as comunidades indígenas e seus costumes, o caranguejo gigante (king-crab), as Montanhas Rochosas, o sol da meia-noite, o halibut (delicioso peixe do Ártico).
Foi nessa viagem que embarcou o casal Maurício da Silva Santos, 53 anos, engenheiro, e a esposa, Helena Mallet Santos, 55, psicóloga, de Belo Horionte. O périplo demandou meses de pesquisas, consultas, confecção de planilhas do percurso e, claro, uma poupança financeira. O custo total foi de mais ou menos R$ 20 mil, sendo que alguma parte da quantia veio de patrocinadores.
O proprio Maurício explica: “O objetivo foi conhecer, eu e minha esposa, o extremo norte da terra, de automóvel, e mostrar que esse também pode ser um meio de transporte econômico, seguro e de grande praticidade. As distâncias são longas, mas a interação com pessoas, culturas e uma natureza tão diferente da nossa faz com que as estradas façam parte da aventura como um todo, afinal é pela estrada que se conhece realmente cada lugar. Outra vantagem de se viajar de carro é que podemos alterar o roteiro sempre que julgarmos interessante”.
É bom constar que o casal já viajou de carro, a partir de Belo Horizonte, para lugares como Fortaleza e Jericoacoara, Pantanal mato-grossense, Chuí (no Brasil), e Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e Bolívia, sendo que os dois têm um trato: como Maurício é o cara que tem fissura por esse tipo de viagem, eles revezam, a cada ano, férias ditas normais com essas de aventura nas quais percorrem longos trechos de carro. Como a do Alasca, feita em maio, que você acompanha agora.
Saiba mais
Deadhorse, onde o tempo é diferente
Dia mais curto
45 minutos
Noite mais longa
54 dias
Noite mais curta
26 minutos
Temperatura mais
alta registrada:
28 graus,
em 21 de junho de 1991.
Menor temperatura registrada:
- 58 graus,
em 27 de janeiro, 1989.
Até 1994 a estrada (James Dalton Hwy) para o Ártico era fechada ao público.
A estrada foi construída em 1974 para auxiliar a montagem do Trans Alaska Pipeline, oleoduto que leva o petróleo até Valdez, no Golfo do Alasca.
A diária do hotel é US$ 200 por um quarto sem banheiro e você tem que tirar o calçado na entrada e andar só de meia lá dentro.
Se você só dorme com o quarto totalmente escuro, leve um tapa-olho, porque no verão não escurece nunca.
Por Alfredo Durães, do Correio Braziliense
A oferta de hotéis é restrita às cidades maiores, distantes umas das outras. A essa altura, você pode estar se perguntando: com tantas dificuldades, por que algum brasileiro se aventuraria a chegar aos limites do extremo norte da América do Norte? Para sentir o gosto de desbravar uma região incólume à ação do homem.
Depois, para encontrar atrações que você jamais verá semelhantes no Brasil: a neve, os ursos, lagos congelados, caribus (espécie de alce), a aurora boreal, renas, o Círculo Polar Ártico, a águia, as comunidades indígenas e seus costumes, o caranguejo gigante (king-crab), as Montanhas Rochosas, o sol da meia-noite, o halibut (delicioso peixe do Ártico).
Foi nessa viagem que embarcou o casal Maurício da Silva Santos, 53 anos, engenheiro, e a esposa, Helena Mallet Santos, 55, psicóloga, de Belo Horionte. O périplo demandou meses de pesquisas, consultas, confecção de planilhas do percurso e, claro, uma poupança financeira. O custo total foi de mais ou menos R$ 20 mil, sendo que alguma parte da quantia veio de patrocinadores.
O proprio Maurício explica: “O objetivo foi conhecer, eu e minha esposa, o extremo norte da terra, de automóvel, e mostrar que esse também pode ser um meio de transporte econômico, seguro e de grande praticidade. As distâncias são longas, mas a interação com pessoas, culturas e uma natureza tão diferente da nossa faz com que as estradas façam parte da aventura como um todo, afinal é pela estrada que se conhece realmente cada lugar. Outra vantagem de se viajar de carro é que podemos alterar o roteiro sempre que julgarmos interessante”.
É bom constar que o casal já viajou de carro, a partir de Belo Horizonte, para lugares como Fortaleza e Jericoacoara, Pantanal mato-grossense, Chuí (no Brasil), e Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e Bolívia, sendo que os dois têm um trato: como Maurício é o cara que tem fissura por esse tipo de viagem, eles revezam, a cada ano, férias ditas normais com essas de aventura nas quais percorrem longos trechos de carro. Como a do Alasca, feita em maio, que você acompanha agora.
Saiba mais
Deadhorse, onde o tempo é diferente
Dia mais curto
45 minutos
Noite mais longa
54 dias
Noite mais curta
26 minutos
Temperatura mais
alta registrada:
28 graus,
em 21 de junho de 1991.
Menor temperatura registrada:
- 58 graus,
em 27 de janeiro, 1989.
Até 1994 a estrada (James Dalton Hwy) para o Ártico era fechada ao público.
A estrada foi construída em 1974 para auxiliar a montagem do Trans Alaska Pipeline, oleoduto que leva o petróleo até Valdez, no Golfo do Alasca.
A diária do hotel é US$ 200 por um quarto sem banheiro e você tem que tirar o calçado na entrada e andar só de meia lá dentro.
Se você só dorme com o quarto totalmente escuro, leve um tapa-olho, porque no verão não escurece nunca.
Por Alfredo Durães, do Correio Braziliense
Fonte: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp? materia=20110913100836&assunto=18&onde=Curinga
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