Passamos o último fim de semana na histórica Ouro Preto, Patrimônio Cultural da Humanidade. Havia um bom tempo que não pisávamos na cidade símbolo do barroco mineiro, da Inconfidência Mineira, das esculturas de Aleijadinho, das lindas igrejas enriquecidas com obras de arte e pinturas em ouro.
A distância de Belo Horizonte até lá é de 100 Km aproximadamente. Para quem desembarca no aeroporto de Confins, o trajeto é um pouco mais longo, chegando a 150 km. O mais vantajoso é alugar um carro, pois não existe ônibus direto do aeroporto a Ouro Preto, e a alternativa seria tomar o
Conexão Aeroporto até a rodoviária da capital e depois seguir de ônibus até a cidade histórica. Você pode também verificar se na sua pousada há serviço de transfer privativo.
Chegamos no meio da tarde. O céu era de um azul tão azul, que contrastava lindamente com o colorido da cidade, o que nos rendeu fotos dignas de cartão-postal.
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Rua Direita |
A acomodação ficou por conta da
Pousada Luxor, um belo casarão histórico, com paredes internas em pedra e mobiliário colonial. O quarto, apesar da simplicidade, possuía TV de LCD, frigobar e tinha espaço suficiente para um casal, mas o colchão deixou um pouco a desejar.
Após o check-in, hora de subir e descer ladeira. Se você estiver hospedado próximo ao centrinho, o que foi o nosso caso, não use o carro em Ouro Preto, a não ser que você vá a algum ponto mais distante, pois é dificílimo encontrar vagas nas ruas.
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Casarão de esquina da Pousada Luxor |
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Apartamento casal |
Durante a caminhada paramos na belíssima
Igreja São Francisco e na feira de artesanato do Largo da Coimbra, onde variados objetos feitos em pedra sabão marcam forte presença.
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Vista da rua São Francisco |
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Chafariz de 1752 |
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Restaurante Bené da Flauta e, ao fundo, a Igreja São Francisco |
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Igreja São Francisco |
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Artesanato em pedra sabão |
Subindo a rua Cláudio Manoel, o charmosíssimo
Café Cultural, juntamente com a música que tocava ao vivo, foi um convite para sentarmos e apreciarmos um bom vinho. O garçom que nos atendeu era belga, um dos gringos que se apaixonaram pela cidade. Inicialmente perguntei se ele era francês, pois pedi um creme de baroa com queijo brie e ele disse "infelizmente não temos creme de baRRôa", em estilo Claude Troisgros.
Ao lado da nossa mesa, duas simpáticas senhoras de idade puxaram assunto e se ofereceram para tirar fotos nossas. Perguntei se já conheciam a cidade. A resposta foi positiva e, com muito pesar, disseram que estavam decepcionadas com a falta de conservação de Ouro Preto e Mariana. Dessa vez não fomos em Mariana, mas posso dizer que realmente as igrejas de Ouro Preto e alguns monumentos demandam reformas com urgência. Ontem mesmo a PAC das Cidades Históricas, com o objetivo de restaurar monumentos de 44 cidades do Brasil, foi anunciada pela presidente Dilma após quatro anos de sua criação pelo governo Lula. Clique
aqui para maiores informações sobre o programa.
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Cafeteria e Livraria do Centro Cultural |
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O saboroso quiche Lorraine |
A cafeteria fica dentro do
Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG, antigo Casarão do Pilão, que foi destruído por um incêndio em 2003 e, posteriormente, totalmente restaurado. Localizada na famosa Praça Tiradentes, a galeria de arte recebe diferentes exposições a cada período.
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Faixada colonial do Centro Cultural |
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Ambiente interno, ao lado do café |
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Exposição de Tempos entre Tempos de Carlos Scliar |
Marcamos de jantar no tradicional
Bené da Flauta, restaurante considerado um dos melhores da cidade. Localizado em posição estratégica, ao lado da Igreja São Francisco, o sobrado proporciona uma bela vista durante o dia, período em que se tem como forte a comida mineira. O jantar é mais formal e não inclui no cardápio a comida típica. Para inaugurarmos a noite pedimos o clássico couvert, composto de pães, berinjela, tomates, pepinos e pimentões puxados no azeite.
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Bené da Flauta |
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Couvert |
Para o prato principal escolhi o filé de peito de frango envolto por massa folhada, recheada de espinafre e gorgonzola, coberta por molho de funghi, e arroz com amêndoas. Nunca peço frango quando vou jantar em restaurantes, mas a descrição do prato me chamou atenção e o garçom fez tanta propaganda que resolvi arriscar. Estava ótimo, mas a mistura de muitos ingredientes é um pouco enjoativa. O outro prato principal foi composto de truta ao molho de alcaparras e batatas no azeite. Leve e bem gostoso. A sobremesa ficou por conta de um saboroso folheado de maçãs com licor e sorvete de creme.
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Frango com massa folheada |
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Truta com alcaparras |
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Sobremesa à base de maçãs |
No dia seguinte, após o café da manhã, fizemos check out para não precisar de voltar à pousada. Faríamos um pequeno tour e de lá seguiríamos de volta a Beagá. Após longos minutos até encontrarmos uma vaga para estacionar nos arredores da Praça Tiradentes, marcamos presença no
Museu da Inconfidência. A antiga cadeia, desocupada em 1938 com a construção da Penitenciária de Neves, tornou-se um acervo de peças da antiga Vila Rica, com objetos, documentos, esculturas de Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), mobiliário e muitas histórias dos personagens da Inconfidência Mineira, sendo Tiradentes o principal deles. É uma visita imperdível, organizada e muito interessante, apesar de ser proibido entrar com câmeras fotográficas e filmadoras.
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À esquerda o Monumento a Tiradentes e, ao fundo, o Museu da Inconfidência |
Após a visita paramos para registrar a Igreja Nossa Senhora da Conceição, ao lado do museu. Depois descemos a rua Direita (conhecida também como Conde Borbadela), famosa por suas lojinhas, cafés, restaurantes e joalherias. O destino era a Casa dos Contos, onde residia o administrador de impostos no século XVIII. O museu conta a história do Ciclo do Ouro e de todas as moedas brasileiras. É possível visitar o subsolo da casa, onde havia uma senzala e estão expostos objetos utilizados pelos escravos na época. A visita é gratuita.
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Igreja Nossa Senhora do Carmo |
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Linda fachada da Casa dos Contos |
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Início do tour na Casa dos Contos |
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Método antigo de fabricação das moedas |
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História das moedas no Brasil |
Logo ao lado, o restaurante
O Passo nos chamou atenção não só pelo ambiente, envolto pela natureza e com mesas na varanda, mas também pelas músicas de jazz tocadas ao vivo. Uma pena não ficarmos por ali, pois era hora de pegarmos estrada para Beagá.
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Restaurante e Pizzaria O Passo |
Até a próxima!!
Olá, estou conhecendo o seu blog hj. Tb tenho um, mas novinho ainda, 3 meses de estrada só rs. Essa semana vou começar a postar sobre as cidades históricas de Minas e adorei tanto o restaurante Bene da Flauta como O Passo rs
ResponderExcluirOlá, Fernanda! Que bom! Boa sorte com o blog! Abs
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