O dia estava ensolarado em Veneza. Partimos da estação por volta das 11:30 horas, com a Trenitalia, cujos vagões eram novos e bem moderninhos. O único incômodo foi sentar-se na posição contrária ao sentido em que anda o trem, ou seja, de costas. Mas, por não sentir enjoo ou mal-estar em viagens, pra mim não foi tanto sacrifício assim. As passagens foram adquiridas pelo site da Rail Europe, com dois meses de antecedência, e, após a confirmação por email, foram enviadas por sedex.
Duas horas depois chegamos em Florença (ou Firenze para os mais íntimos), o melhor ponto de partida para uma viagem pela Toscana. O desembarque foi na estação Santa Maria Novella, a principal e maior da cidade. Poucos passos depois chegamos até a locadora de veículos Hertz. No momento da reserva, feita pelo site, escolhemos a loja da Via Borgo Ognissanti por ser a mais próxima da estação. O italiano carrinho Cinquecento seria nosso companheiro por toda a Toscana.
Para quem se hospedar na cidade, uma boa opção é locomover-se de bicicletas ou até mesmo scooters, que podem ser alugadas na Florence by Bike. Mas para não estragar a viagem é preciso cuidado redobrado e uma certa experiência se quiser alugar a moto. Outra dica é entender o mapinha da cidade antes de sair pilotando. E se você quiser uma experiência mais moderninha alugue um segway, aquele de duas rodas em que você fica em pé. Uma das empresas que oferecem o serviço é a Segway Firenze.
Firenze não seria a nossa cidade base, mas sim a pequena e charmosa Siena, a 75 km. Apesar disso, logicamente não sairíamos de lá sem antes passar o dia e conhecer alguns importantes monumentos. Deixamos nossas malas dentro do carro, em um estacionamento pertinho da Ponte Vecchio, e começamos nosso tour. E por falar nisso, só guardamos o carro ali para a segurança das bagagens, pois o valor da hora é bem salgadinho, o que totalizou em uma conta de quase cem reais.
A cidade, conhecida como capital da Toscana, situa-se na planície do rio Arno. O centro, que pode ser conhecido a pé, possui muita riqueza em obras de arte e edifícios de grande valor histórico e arquitetônico, desde os tempos da Idade Média.
O ceú estava nublado. Sobre o rio Arno, atravessamos a famosa Ponte Vecchio (Ponte Velha), onde há lojas, em especial, joalherias e onde encontramos a estátua de Benvenutto Cellini, que foi escultor, ourives e escritor do século XVI. Na foto abaixo, as curiosas casinhas suspensas parecem ter sido encaixadas à mão.
O ceú estava nublado. Sobre o rio Arno, atravessamos a famosa Ponte Vecchio (Ponte Velha), onde há lojas, em especial, joalherias e onde encontramos a estátua de Benvenutto Cellini, que foi escultor, ourives e escritor do século XVI. Na foto abaixo, as curiosas casinhas suspensas parecem ter sido encaixadas à mão.
Ponte Vecchio |
Joalheria |
Estátua de Benvenuto Cellini |
Já passava da hora do almoço. A ideia era comer uma "bella" massa na Trattoria Ponte Vecchio. Chegamos na porta e entramos, mas não havia nenhum cliente. O expediente parecia ter sido encerrado, mas um simpático senhor, proprietário do restaurante, disse que nos serviria. Imagine sentar-se em uma tradicional trattoria na Itália, sendo somente você o cliente e ainda ser servido pelo dono? Mamma Mia!
Começamos pelas bruschettas com tomates fresquinhos e basílico. Em seguida, uma deliciosa lasanha à bolonhesa foi servida. Sua massa super caseira e saborosa foi diferente de tudo que já experimentei.
A sobremesa ficou por conta do legítimo sorvete italiano, em uma gelateria ali perto. Eles não costumam economizar nos ingredientes principais, seja fruta, chocolate, pistache....
Mais à frente, eis que surge a importante Piazza Della Signoria, centro da vida política e social da cidade, desde o século XIV, e palco de grandes conquistas. É um verdadeiro museu a céu aberto, rodeado de charmosos restaurantes e esculturas históricas.
O Palazzo Vecchio encontra-se na praça. Erguido no final do século XIII, além de museu, o palácio é a sede da Comuna de Florença. Duas históricas esculturas realçam a entrada principal. Ao lado esquerdo encontramos a réplica de David de Michelangelo, pois a original foi deslocada, em 1873, para a Galleria Dell'Accademia. Ao lado direito podemos ver a obra Hércules e Caco, do escultor Baccio Bandinelli.
Palazzo Vecchio |
David e Hércules e Caco
|
Florença foi governada dos séculos XV a XVIII pelos Médice. Uma importante escultura na Piazza Della Signoria, do artista Giambologna, é dedicada a um dos membros dessa família. É a estátua equestre Cosimo I de'Medice, o primeiro grão-duque de Florença.
Cosimo I de'Medice |
Pelas ruelas do centro histórico da cidade caminhamos e admiramos as antigas, mas muito antigas construções. Algumas com bom estado de conservação, outras nem tanto.
Rua charmosa em Firenze |
Mais adiante fomos apresentados ao símbolo de Florença, o belíssimo Duomo, Catedral de Santa Maria del Fiore, construída toda em mármore rosa, branco e verde. A impressionante riqueza de detalhes justifica o tempo de seis séculos para a conclusão da obra, que foi feita minuciosamente por vários artistas.
A magnífica cúpula, projetada por Fillippo Brunelleschi, domina o exterior do Duomo e pode ser vista de pontos altos da cidade. A única maneira de ver seu interior de perto e apreciar a linda vista de Florença é subindo os 463 degraus.
A cúpula ao lado direito |
Fachada da Catedral |
Logo em frente encontramos barraquinhas vendendo lindíssimos lenços, echarpes e gravatas de seda pura. Fizemos a festa.
Arredores da Catedral |
Saindo dali fomos até a Galleria Dell'Accademia, o museu onde está a escultura original David de Michelangelo entre outras obras de grande importância cultural. Infelizmente não estava aberta.
Florença respira arte, afinal é berço do Renascimento italiano. Se você é fã de museus entre no site Museums in Florence e escolha os seus favoritos, entre 72 deles, para uma visita.
Terminamos nossa tarde na Piazzale Michelangelo, um mirante que permite linda vista da cidade, em especial do Duomo. A praça homenageia o artista Michelangelo e, bem ao centro, há uma réplica de David.
Duomo |
Pallazo Vecchio |
Muitas atrações deixamos pra trás, mas era hora de pegarmos estrada para Siena. E, para completar, GPS, bagagem e muito entusiasmo a bordo do nosso Cinquecento.
Nos vemos em Siena!
Até
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