A oscilação do câmbio nos últimos dias foi suficiente para azedar os planos de viajar ao exterior de muitos brasileiros. Desde a última sexta-feira, dia 16, até ontem, dia 21, a moeda americana já acumulava alta de 8,7%, passando de R$ 1,7089 para R$ 1,8580. E, a despeito da ação do Banco Central nesta quinta-feira para conter o câmbio, o dólar seguia se valorizando na tarde de hoje, depois de chegar a R$ 1,94 durante a manhã. Diante da desvalorização do real, quem já tem uma viagem internacional marcada enfrenta agora um dilema: existe um momento mais adequado para comprar dólares?
Para analistas de mercado, quem embarca nos próximos dias e ainda não comprou dólares tem poucas alternativas, pois não dispõe de tempo para esperar uma cotação melhor. Nesses casos, o melhor a fazer é garantir que, na medida do possível, todas as despesas sejam pagas à vista.
Chefe de análise da TOV Investimentos, Rafael Quintanilha orienta as pessoas que vão viajar a evitarem o uso do cartão de crédito no exterior. “Como o câmbio utilizado no cálculo das despesas é o do dia de fechamento de fatura, o consumidor pode ter uma surpresa desagradável. Também é aconselhável pagar os hotéis ainda no Brasil ou, em caso de parcelamento, utilizar uma taxa cambial fixa”, diz Quintanilha.
Já os viajantes com passagens compradas para os próximos meses e que não planejam abrir mão da viagem têm basicamente duas opções. A primeira delas é conter a ansiedade e aguardar o melhor momento para trocar reais por dólares, como defende André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Braz acredita que a alta recente do dólar contraria os fundamentos macroeconômicos e não deve se manter no médio prazo. Em outras palavras, ele aposta em uma redução da taxa de câmbio nos próximos 30 dias. “É complicado fazer previsões, mas creio que o mais provável é que o dólar caia para algo entre R$ 1,70 e R$ 1,80 no prazo de um mês. Sendo assim, o turista que vai embarcar no final do ano pode esperar uma cotação mais favorável”, diz.
É o que pretende fazer a engenheira química Camila Mucioli, que embarca em dezembro para o Caribe. Com passagens e hotel pagos, ela ainda precisa comprar dólares, mas diz que vai esperar um pouco. "Como só viajo daqui a três meses, prefiro observar a trajetória do dólar nos próximos dias antes de tomar alguma decisão. Para mim, R$ 1,68 seria uma taxa de câmbio razoável", afirma.
Professor de Economia do Ibmec Rio, Gilberto Braga compartilha da opinião de que a trajetória de alta do dólar não deve se manter no curto prazo e cita a pesquisa Focus da última segunda-feira, quando o mercado apostou que a taxa de câmbio deveria ficar em R$ 1,65 até o final do ano. Mas, apesar de manter o otimismo quanto à valorização do real, ele acredita que os viajantes mais ansiosos devem optar por parcelar a compra de dólares antes de embarcar. "Essa oscilação cambial gera um grande desconforto em boa parte dos turistas. Se a pessoa tem dinheiro para comprar dólares e não suporta essa tensão, o melhor a fazer é travar o câmbio e garantir a quantia de recursos destinados para a viagem", diz.
Turismo doméstico
Quem ainda não decidiu o roteiro da próxima viagem tem como opção trocar os destinos internacionais por passeios pelo Brasil. Ministro do Turismo, Gastão Vieira acredita que a momentânea alta do dólar pode favorecer o turismo doméstico. Segundo Vieira, embora a valorização em relação ao real tenda a diminuir, o cenário injeta dinamismo no mercado turístico nacional. “Duas oportunidades se abrem com esse cenário: a imensa janela para fortalecimento do turismo interno e o aumento da entrada divisas, por meio de mais turistas estrangeiros, que vão procurar mais o Brasil”, disse Vieira por meio de sua assessoria de imprensa.
Fonte: http://economia.ig.com.br/financas/meubolso/turistas-devem-aguardar-melhor-momento-para-comprar-dolares/n1597223086613.html
Para analistas de mercado, quem embarca nos próximos dias e ainda não comprou dólares tem poucas alternativas, pois não dispõe de tempo para esperar uma cotação melhor. Nesses casos, o melhor a fazer é garantir que, na medida do possível, todas as despesas sejam pagas à vista.
Chefe de análise da TOV Investimentos, Rafael Quintanilha orienta as pessoas que vão viajar a evitarem o uso do cartão de crédito no exterior. “Como o câmbio utilizado no cálculo das despesas é o do dia de fechamento de fatura, o consumidor pode ter uma surpresa desagradável. Também é aconselhável pagar os hotéis ainda no Brasil ou, em caso de parcelamento, utilizar uma taxa cambial fixa”, diz Quintanilha.
Já os viajantes com passagens compradas para os próximos meses e que não planejam abrir mão da viagem têm basicamente duas opções. A primeira delas é conter a ansiedade e aguardar o melhor momento para trocar reais por dólares, como defende André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Braz acredita que a alta recente do dólar contraria os fundamentos macroeconômicos e não deve se manter no médio prazo. Em outras palavras, ele aposta em uma redução da taxa de câmbio nos próximos 30 dias. “É complicado fazer previsões, mas creio que o mais provável é que o dólar caia para algo entre R$ 1,70 e R$ 1,80 no prazo de um mês. Sendo assim, o turista que vai embarcar no final do ano pode esperar uma cotação mais favorável”, diz.
É o que pretende fazer a engenheira química Camila Mucioli, que embarca em dezembro para o Caribe. Com passagens e hotel pagos, ela ainda precisa comprar dólares, mas diz que vai esperar um pouco. "Como só viajo daqui a três meses, prefiro observar a trajetória do dólar nos próximos dias antes de tomar alguma decisão. Para mim, R$ 1,68 seria uma taxa de câmbio razoável", afirma.
Professor de Economia do Ibmec Rio, Gilberto Braga compartilha da opinião de que a trajetória de alta do dólar não deve se manter no curto prazo e cita a pesquisa Focus da última segunda-feira, quando o mercado apostou que a taxa de câmbio deveria ficar em R$ 1,65 até o final do ano. Mas, apesar de manter o otimismo quanto à valorização do real, ele acredita que os viajantes mais ansiosos devem optar por parcelar a compra de dólares antes de embarcar. "Essa oscilação cambial gera um grande desconforto em boa parte dos turistas. Se a pessoa tem dinheiro para comprar dólares e não suporta essa tensão, o melhor a fazer é travar o câmbio e garantir a quantia de recursos destinados para a viagem", diz.
Turismo doméstico
Quem ainda não decidiu o roteiro da próxima viagem tem como opção trocar os destinos internacionais por passeios pelo Brasil. Ministro do Turismo, Gastão Vieira acredita que a momentânea alta do dólar pode favorecer o turismo doméstico. Segundo Vieira, embora a valorização em relação ao real tenda a diminuir, o cenário injeta dinamismo no mercado turístico nacional. “Duas oportunidades se abrem com esse cenário: a imensa janela para fortalecimento do turismo interno e o aumento da entrada divisas, por meio de mais turistas estrangeiros, que vão procurar mais o Brasil”, disse Vieira por meio de sua assessoria de imprensa.
Fonte: http://economia.ig.com.br/financas/meubolso/turistas-devem-aguardar-melhor-momento-para-comprar-dolares/n1597223086613.html
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